terça-feira, 30 de março de 2010

Dia Agridoce


Hoje é daqueles dias que não foi “nem carne nem peixe”…nem bom nem mau. Foi mais um dia…


A diferença entre estes e os dias completamente desinteressantes é que tudo pode acontecer. Chamadas exageradamente longas, clientes a “bater o pé” e “velhinhos” amorosos a pedirem informações. De tudo um pouco…


Trinta e oito longos minutos…várias repetições e tentativas falhadas de chamar a cliente à razão. O mais impressionante daquela chamada é que dava a sensação que do outro lado da linha estava uma criança a fazer birra por um doce. “Fico aqui até atenderem …quero uma resposta imediata. Não vou desligar!”. Tentativas infinitas de contacto. Não há resposta! Continuo presa a chamada. Imploro para mim que ela desligue, já me sinto cansada. Do outro lado as suas palavras arrogantes, o seu tom sarcástico e o riso irónico, expressam claramente a sua insatisfação.


No final, suspiro de alivio…mas sinto frustração. Consegui apenas vencer a cliente pelo cansaço.

Depois de uma chamada destas é difícil não estar exausta. O corpo cede e nos ombros o peso da tensão. Mas o que nos vale nestes dias são os clientes que nos elogiam por sermos eficientes, por sermos prestáveis e principalmente por sermos disponíveis.


Por vezes, basta um “obrigado” sincero para fazer a diferença num dia particularmente difícil…


Hoje sinto-me entre o agre e o doce… sinto-me entre mim e o mundo…perdida.Até Breve!

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