sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades!



Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades!

Será que é bem assim?

Não sei…penso que não vivo à tempo suficiente para ter noção desse fenómeno. O tempo…algo tão abstracto e ao mesmo tempo tão concreto.
Quando falamos de tempos e vontades….penso nos meus pais e nos meus avós, e concluo rapidamente que os seus objectivos não eram tão diferentes dos meus, a forma de os atingir e os obstáculos a ultrapassar é que eram diferentes.

Em tempos o objectivo da maioria das pessoas era construir uma família, ter um bom emprego, estabilidade financeira e quem sabe sucesso. Hoje em dia os jovens têm como principais objectivos: ter sucesso, um bom emprega, estabilidade financeira e quem sabe construir uma família.
A verdade é que continuamos a dar importância a todos estes pilares, o que muda realmente são as nossas prioridades. Se em tempos longínquos, a família era a primazia de qualquer jovem, actualmente a procura constante de um emprego “enriquecedor”ocupa grande parte da nossa vida. É esta busca constante, aliada a uma dificuldade expressa de sermos absorvidos pelo mercado de trabalho, que condiciona a nossa saída de casa.

Quando nos apercebemos já temos 30 anos e continuamos debaixo da alçada dos pais…

Este fenómeno foi revelado recentemente por um estudo do Eurostat. Este indica que Portugal é um dos países em que os jovens saem mais tarde de casa dos pais. Parece que os homens só se despedem do seu lar depois dos 29 e as mulheres depois dos 28.
E novidades? Nenhumas, todos nós damos de caras todos dias com autênticos trintões acampados em casa dos seus progenitores. Nada que me surpreenda…

Na verdade o problema não é a idade tardia em que os jovens saem de casa, são os factores que os levam a permanecer. Pois mesmo que o “colinho” dos papas seja muito confortável não creio que esta seja a vontade da maioria dos jovens.
O mesmo relatório revelou que mais de metade dos portugueses (54,2%) com idades entre os 15 e os 24 têm contratos precários. Nas idades compreendidas entre os 25 e os 29 anos, quatro em cada dez (38,3 por cento) têm contratos a termo. Agora digam quem é que pode pagar uma renda de casa, despesas de água e luz, e provavelmente o gás com pouco mais do ordenado mínimo. São cada vez menos aqueles que se aventuram, e cada vez mais aqueles que se acomodam.

Não acredito que grande parte destes jovens não queira viver a sua independência fora de casa. Até porque estou no mesmo barco e sei perfeitamente o que é ansiar por ter o meu espaço…criar o meu mundo e ganhar a minha autonomia. Mas a geração 5oo é como uma epidemia, ataca todos aqueles que se atravessam no seu caminho, não olha a idades nem sexo…deixa-nos fracos e incapazes de atingir os nossos objectivos.

Deste modo só nos resta esperar, conseguir alguma estabilidade e quem sabe…ganhar asas e voar…

Até breve!

2 comentários:

cabr disse...

Infelizmente revejo-me nessa situação, casa até já a tenho... mas o salário ao fim do mês só dá pra pagar ao banco e ao condominio. O pouco q sobra não dá pra mto mais!
O pior às vezes é ouvir que como sou solteira não tenho despesas... pois esquecem-se que não tenho ninguém para dividir as "poucas que tenho"!
Gereção 500 no seu melhor!

BVS disse...

Concordo totalmente ctg...as prioridades mudam de uma forma galopante mediante os tempos, muito tambem derivado das constantes curvas e contracurvas que apanhamos ao longo da nossa vida...e acho que sem duvida cada vez os jovens saiem mais tarde de casa dos pais e muito disso e derivado à complexidade que é viver sozinho no mundo de hoje, antes as dificuldades eram tantas como as nossas apenas penso que a maneira de as ultrapassar não seria tão dificil...mas como e obvio nao o sei pois nao vivi nesse tempo...logo ou tenho razao, ou nos somos demasiado basicos para encontrar solução nos problemas que nos calham ao longo da vida.

Fui