quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Fecha-se uma porta...


Morreu…a sua morte foi lenta mas finalmente deu o último suspiro. Todos lamentaram a sua perda e sofreram na pele as consequências do seu desaparecimento. Agora podemos ver nos rostos a tristeza e o desespero de um futuro incerto…
A Empresa encerrou e mais de uma centena de trabalhadores saiu à rua manifestando a sua nova condição – o desemprego.

Um pequeno jogo de palavras que nos recorda o sofrimento diário de várias pessoas que assistem à morte das empresas onde trabalharam toda a vida.Não é fácil ver o passado e o futuro desvanecer-se num presente só…

Em meados de 2009 o INE avançou com um estudo que revela Portugal como o País da EU onde a taxa de mortalidade das empresas é mais elevada. Apesar da capacidade empreendedora dos portugueses, aliada à vontade de serem os seus próprios patrões não é suficiente para obter sucesso. Na realidade apenas 30% das empresas se mantêm em actividade ao final do primeiro ano.

“Os números sobre a criação de novas empresas mostram que Portugal é o terceiro país da União Europeia com a mais elevada taxa de natalidade (14,2%), mas mostram igualmente que a taxa de mortalidade (encerramentos) é a mais alta (14,8%), por comparação com a realidade dos 18 estados-membros para os quais existem dados semelhantes”.

Em 2010 o panorama nacional não anuncia melhoras, continuam haver encerramentos de empresas e aquelas que vão sobrevivendo vão reduzindo os seus recursos para fazer face à crise. Esta é a realidade de hoje…certamente o futuro de amanhã…

Mas nem tudo o que folheamos no jornal é desgraça…pois a morte de uns é a concretização de outros.

Aqui há dias o OJE anunciava o aparecimento de um novo Contact Center. Parece que os clientes do IKEA para além da assistente virtual Anna, tem agora um serviço de atendimento e esclarecimento a clientes via serviço telefónico. Este podem agora usufruir de um serviço centralizado, que terá disponível toda a informação relativa às lojas e serviços da marca em Portugal.

“A marca sueca inaugura este ano a terceira loja em Portugal, a IKEA Loures, que, em conjunto com a IKEA Gaia, fazem parte do plano de expansão do grupo no País. Com um investimento superior a 660 milhões de euros, o plano de expansão inclui sete lojas, dois centros comerciais Inter IKEA Centre Group e três unidades industriais do grupo Swedwood, em Paços de Ferreira”.

A lei dos mais fortes…é assim mesmo. Bem o que importa é que continuamos a criar postos de trabalho…mesmo que precários.

Até Breve!

1 comentários:

Anónimo disse...

"... A possibilidade de comprar barato justificava o extermínio da classe média e de todas as suas relações com a localidade. O povo americano... usufruiu deste filão de produtos superbaratos sem pesar os custos colaterais, que foram astronómicos." - "O fim do Petróleo" de james Howard Kustler. Mesmo retirado do contexto, assenta bem no que Portugal e o resto do mundo desenvolvido se tornou. De quem é a responsabilidade? Apenas das grandes multinacionais? E os consumidores, que são as populações de cada localidade que viram os seus empregos locais desaparecerem muitas vezes por inércia, não têm responsabilidades? E a UE, não tem nada a dizer dos empregos que deixou perder por não ser capaz de taxar violentamente produtos chineses (muitas vezes fabricados em condições humanas degradantes) apenas porquê tem receio de perder um mercado de 1K Milhões de pessoas? Escusado será dizer que o PC Chinês corre com as empresas europeias assim que as empresas locais tiverem copiado toda a tecnologia que necessitam...

Sei que o comentário é longo, mas há questões que continuam a não ser colocadas.


FS