"Humor" em Linha

Fim-de-Semana…nada melhor do que dois merecidos dias para carregar baterias. Até podem passar por nós sem sentirmos a sua presença, mas foram suficientes para nos fazer esquecer a agitação da semana.

O Sábado está perto do fim, mas sinto-me tranquila, longe de toda aquele stress que me faz fervilhar, longe de todos os histerismos que não consigo ser imune…simplesmente longe.

Às vezes pergunto-me se as pessoas serão mesmo ignorantes ou estão apenas a tentar testar a paciência dos outros. Sei que todos vocês querem estar longe do trabalho, mesmo que por breves instantes, mas gostaria de partilhar convosco esta minha indignação.

Ontem pela manhã um Senhor, que ainda hoje não sei o nome, ligou para a linha: Dei-lhe os bons dias, e seguidamente esta amável criatura pede-me para retirar a chamada da gravação. Informei que não era possível, pois a gravação era automática e não tinha possibilidade de opção. Ainda tentei contornar a situação, mas o senhor não quis entender. Resumindo e concluído, entre questões legais e teorias da conspiração esta alma fez-me perder 18minutos do meu precioso tempo. Desligou a chamada, recusou-se a facultar-me o nome, não quis de todo a minha ajuda, e ainda saiu com a promessa de uma reclamação.

Será que as pessoas não têm inteligência suficiente para perceber que a obrigatoriedade na gravação da chamada é uma salvaguarda para elas. Só assim é possível melhorar o serviço. Pergunto, se caso tivesse dito que a chamada já não estava a ser gravada (mesmo que fosse mentira), a sua insolência ia terminar? Duvido…

Não me considero um ser superior, nem com uma inteligência fora do normal, mas tenho dificuldade em lidar com ignorância dos outros. Não é o desconhecimento que me atormenta, é a falta de bom senso.

Na edição desta semana do Jornal do Pinhal Novo vinha uma publicação muito engraçada, que na verdade relata muitos dos episódios que ouvimos todos os dias numa linha de assistência. E que tem muito pouco de ficção. Este texto descrevia cinco boas participações de acidentes à Companhia de Seguros.

Então:

1. O falecido apareceu a correr e desapareceu debaixo do meu carro
2. O peão não sabia para onde ir, então eu atropelei-o!
3. Pensei que o meu vidro estava aberto, mas descobri que estava fechado quando pus a cabeça de fora
4. Saí do estacionamento, olhei para a cara da minha sogra e caí pela ribanceira abaixo
5. Já conduzia há 40 anos, quando adormeci ao volante e sofri o acidente

Uma comédia não é? Este é o país que temos…

Transformar a piada em realidade é cada vez mais fácil…reclamar os direitos tornou-se uma constante, só lamento que na hora de reclamar se esqueçam dos seus verdadeiros deveres.

Até Breve!